Aparecida de Goiânia

Guarda Municipal antecipa fiscalização de combate ao uso do cerol e linhas cortantes

Nos primeiros dias de operação já foram apreendidos cerca 1,5 mil materiais entre pipas e carretéis de linhas comum com cerol, Linha Chilena e Indonésia

Com objetivo de evitar acidentes envolvendo linha com cerol, Linha Chilena e Indonésia utilizadas para empinar pipas, a Guarda Civil Municipal de Aparecida de Goiânia (GCM) antecipou a Operação a Vida Por Um Fio.  Neste ano, o trabalho intensivo de fiscalização, que geralmente começava no início de junho, foi iniciado no dia 1º de maio devido ao período de quarentena em que crianças e adolescentes estão sem frequentar a escola.

“Pelo fato de estarem em casa, as crianças e adolescentes ficam ansiosas e a brincadeira de empinar pipas acaba sendo uma saída para diminuir o estresse.  Nosso objetivo é conscientizar sobre os riscos causados pelo uso de cerol e linhas cortantes. Não proibimos a brincadeira, que é uma cultura milenar. Estamos trabalhando com o intuito de evitar acidentes e até mortes”, pontua o secretário de Mobilidade e Defesa Social, Roberto Cândido.

A fiscalização ostensiva foi intensificada em todas as regiões da cidade por diversas equipes da Guarda Civil Municipal. Denúncias sobre utilização e comercialização das linhas cortantes podem ser encaminhadas à corporação pelo telefone 153. “Estamos trabalhando para retirar das ruas essas linhas com autopoder de corte que representam grande risco para pedestres e, sobretudo, motociclistas”, explica o comandante da GCM, Wilber Júnior.

Nos primeiros dias de fiscalização já foram apreendidos cerca 1,5 mil objetos entre pipas e carretéis das linhas que são proibidas. “Aquele que for flagrado utilizando cerol, linha chilena ou indonésia recebe orientação educativa sobre os perigos eminentes ao utilizar esse tipo de material nas linhas das pipas. Quando há reincidência, encaminhamos o infrator até a delegacia. No caso de crianças e adolescentes, acionamos os pais ou responsável”, destaca.

 

Perigo

O cerol, que é uma mistura de vidro moído e cola, é fabricado artesanalmente e adicionado nas linhas de algodão por crianças e adolescentes que soltam pipas. Após seca a linha torna-se um instrumento de corte que pode provocar graves acidentes em quem a manuseia e em terceiros como, por exemplo, motociclistas, ciclistas e pedestres. Em algumas receitas para fabricação do cerol também é adicionado o pó de ferro, deixando a linha ainda mais perigosa.

Colorida e fabricada industrialmente a Linha Chilena é quatro vezes mais cortante, pois em sua composição são adicionados pó de quartzo e óxido de alumínio. Já as linhas Indonésia e de porcelana podem ser dez vezes mais perigosas, pois recebem banho de substâncias químicas que potencializam a capacidade de corte.

 

Segurança

Para que a brincadeira de empinar pipas seja saudável e segura, a Prefeitura de Aparecida disponibiliza locais apropriados para diversão de crianças, adolescentes e adultos. Para a segurança das crianças e adolescentes foi criado na cidade um pipódromo. Localizado no Polo Empresarial Goiás, o local oferece bastante espaço em área aberta e sem fiação elétrica para a brincadeira desde que não sejam utilizadas as linhas cortantes.

Outro espaço disponibilizado para empinar pipas com segurança é um dos campos de futebol do Centro Olímpico localizado no Setor Conde dos Arcos próximo ao Hospital de Urgências de Aparecida (Huapa). “Desde que lançamos a operação e disponibilizamos esses locais, em 2015, não registramos nenhuma ocorrência com vítimas fatais em Aparecida”, lembra o comandante da GCM.  Fonte: Rodrigo Augusto

Waldemar

Waldemar Rego é jornalista formado pela Faculdade Araguaia com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Goiás UFG com extensão na área de mídia e política no cinema, fotografia jornalística e publicitária, diversidade cultural da mulher na comunicação, comunicação em tempos de mídias sociais, identidade visual em peças publicitárias e no jornalismo. Waldemar Rego também é artista plástico escritor e poeta.

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