Aparecida de GoiâniaSaúde

Com rastreamento e sequenciamento, Aparecida identifica mais dois casos de ômicron

Ainda não há transmissão comunitária na cidade. Todos os quatro casos identificados pelo município apresentam relação entre si

Neste sábado, 18 de dezembro, a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (SMS) identificou dois novos casos de covid-19 provocados pela variante ômicron. Os dois pacientes estão em isolamento, sendo acompanhados pela Central de Telemedicina. Eles estão com esquema vacinal completo, passam bem e não apresentam sintomas. Com a identificação desses dois casos, o município totaliza quatro registros de ômicron, todos eles relacionados entre si. Ainda não há, portanto, transmissão comunitária na cidade. SMS segue testando em massa, monitorando os casos positivos e sequenciando todas as amostras de RT-PCR que se enquadrem nos critérios científicos. A estratégia possibilita a rápida identificação de novos casos e o bloqueio da cadeia de transmissão do vírus.

No último domingo, 12, o município detectou a variante ômicron em duas moradoras que tiveram contato com um casal de missionários vindo de Luanda (África), em decorrência de um evento religioso realizado em Goiânia. A partir disso, a SMS rastreou os contatos das pacientes e ofereceu a realização do RT-PCR para essas pessoas. Além disso, como medida de segurança, passou a sequenciar todas as amostras positivas diagnosticadas na cidade pela Prefeitura passíveis de análise. A identificação dos novos casos é resultado desse trabalho. Trata-se de um homem de 51 anos que teve contato com um dos dois primeiros casos confirmados da variante e uma mulher de 48 anos que participou do evento religioso em Goiânia.

“Todas as frentes de trabalho da Secretaria de Saúde estão muito alinhadas no objetivo de controlar a pandemia e salvar vidas. Nós somos a cidade goiana que mais realizou RT-PCR em Goiás. Já foram 406.556 testes padrão ouro. A testagem em massa possibilita o diagnóstico precoce e o rápido isolamento dos doentes. Todos eles passam a ser monitorados pela Vigilância, que investiga caso por caso e promove o rastreamento dos contatos, bem como passam a receber a assistência da Central de Telemedicina. Aliado a isso, temos o maior Programa Municipal de Vigilância Genômica, que já realizou mais 2.200 sequenciamentos, técnica que permite identificar a informação genética contida nas amostras dos exames e assim identificar as variantes do SARS-CoV-2 (novo coronavírus) em circulação”, destaca o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Sequenciamento

A diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico, explica que o número de sequenciamentos realizados é variável, dependendo do cenário epidemiológico e de fatores como o número total de casos positivos, a circulação de variantes de preocupação e o número de hospitalizações, dentre outros. “Em regra, nosso Programa analisa amostras de pacientes com suspeita de reinfecção, pacientes de baixo risco que precisaram de internação e pacientes aleatórios agrupados por semana epidemiológica. Nas últimas semanas chegamos a analisar mais da metade das amostras positivas coletadas pela SMS e agora ampliamos ainda mais o trabalho: todas as amostras com carga viral suficiente coletadas a partir de 8 de dezembro, data do primeiro registro da ômicron no município, estão em análise”, afirma.

Érika Lopes reforça ainda que enquanto o Sars-CoV-2 estiver circulando, infectando e reinfectando pessoas, ele sofre mutações: “Esse é um processo natural da replicação do vírus e algumas variantes têm um maior poder de adaptação gerando novas linhagens mais infectantes, letais ou com escape imunológico. Daí a importância de se identificar e monitorar as linhagens em circulação para entender melhor a dinâmica de evolução e dispersão do vírus”.

Aparecida é a cidade goiana que mais realizou RT-PCR em Goiás. Já foram 406.556 testes – Foto: Rodrigo Estrela

Ômicron

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, até o dia 16 de dezembro, o Brasil havia identificado 19 casos de contaminação pela ômicron, sendo 13 em São Paulo, 2 no Distrito Federal, 2 no Rio Grande do Sul e 2 em Goiás. Segundo a pasta, evidências científicas apontam que a variante possui um índice de transmissibilidade maior que as outras, mas não há estudos comprovados sobre a sua severidade e nem sobre a resposta vacinal contra a nova variante.

Sobre isso, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida reforça que as medidas preventivas contra a covid-19 precisam ser mantidas pela população, tais como o uso correto de máscara, tapando o nariz e a boca, a ventilação dos ambientes, a higienização das mãos e o distanciamento social sempre que possível. “E sobretudo é preciso se vacinar! A vacinação é fundamental e continua salvando vidas”, destaca o secretário Alessandro Magalhães.

Waldemar

Waldemar Rego é jornalista formado pela Faculdade Araguaia com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Goiás UFG com extensão na área de mídia e política no cinema, fotografia jornalística e publicitária, diversidade cultural da mulher na comunicação, comunicação em tempos de mídias sociais, identidade visual em peças publicitárias e no jornalismo. Waldemar Rego também é artista plástico escritor e poeta.

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