Com Lula no poder e a mensurar pelo passado em termos de investimento em Aparecida de Goiânia, o momento do PT local toma dimensões sérias na sucessão no município. O ponto em questão é a vice na composição com Vilmar Mariano (MDB).
Não só a questão Lula no poder, mas os minutos de radio e TV que o partido possui; o que hoje é uma incógnita e esses minutos são preponderantes em qualquer eleição.
Vilmar Mariano e seu grupo — e nesse estão inclusos Gustavo Mendanha e Daniel Vilela, ambos MDB — deverá escutar todas as correntes do PT. Sobre isso é bom lembrar que Lula já visitou o município na era Maguito Vilela e o presidente conhece de perto a importância da cidade para seu partido em Goiás e o momento político do município certamente chegará aos seus ouvidos. Nomes na Câmara Federal não faltam para construir pontes necessárias entre Aparecida e o Governo Federal em termos de recursos financeiros, reeditando os bons tempos de Maguito. A contrapartida dessa chapa com o PT na vice de Vilmar, em nossa modesta opinião, deverá se repetir – as pontes federais serão conectadas no momento oportuno, na verdade já estão sendo articuladas.
Nesse contexto para a montagem da chapa com Vilmar, nomes como Rubens Otoni e Adriana Accorsi, ambos do PT, são inestimáveis a qualquer pretensão política dos membros do PT local. Soma-se a isto o peso de Olavo Noleto Alves como atual secretário de relações Institucionais da Presidência da República. Olavo conhece até os intestinos da administração de Aparecida e seria fundamental para essa costura. Essa costura deverá passar antes pelo corte de alguns nomes para se ver quem vestirá a possível camisa de vice na chapa com o atual prefeito. Corte porque há muito ego e pouca história em alguns nomes que se engalfinharão nessa disputa interna e todos sabem que nome ou verba, são requisitos para qualquer postulação à vice.
A partir dessa premissa e em termos de possibilidades, a nosso ver, os nomes que podem postular a vice na chapa com Vilmar Mariano são dois: Adriano Montovani presidente do PT de Aparecida e Chico Abreu – recém ingresso no partido.
Montovani é herdeiro político de Elvecino Moura (PT) como genro do mais longevo vereador de Aparecida. Montovani também foi secretário do Trabalho e hoje é secretário executivo no governo de Vilmar.
Chico Abreu recém filiado ao partido defendeu Lula nas últimas eleições em Aparecida, possui currículo notável de serviços sociais prestados no município: foi secretário de educação municipal, vice-prefeito, deputado estadual, Secretário de Estado de Cidadania e Trabalho, Secretário de Estado de Habilitação e Saneamento deputado federal e comandou a CODEGO – Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás – Sobre Chico Abreu sempre é bom lembrar que, tendo passado por vários grupos políticos de Aparecida, jamais pesou sobre ele qualquer denúncia. Diferente de boa parte dos políticos de Aparecida, jamais teve um único processo contra si em toda sua vida pública na esfera administrativa.
O temor de tudo isso são as engalfinhadas brigas internas do partido, dos chamados petistas raízes; membros históricos que militam desde há muito tempo na legenda. Toda essa engrenagem se devidamente azeitada, mostra o peso do PT na gangorra política que se avizinha.
De resto fica a expectativa de uma contrapartida financeira advinda da União para engordar a polpuda administração ainda nesse primeiro mandato do prefeito Vilmar Mariano e sacramentar de fato a adesão do PT, afinal ainda há muito por fazer e o prefeito melhor que ninguém sabe disso. Ou seja, o PT na vice é lucro.
Waldemar Rego – Jornalista
waldemarregojr@gmail.com
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