Paula Bianchi
Editora
Sergio Moro bombando na mídia, Lula viajando o país, Arthur Lira articulando compra de votos abertamente e durante votação transmitida pela TV, Bolsonaro falando para apoiadores enquanto conversa com o presidente da Turquia, Ciro Gomes e sua estratégia nas redes sociais. Os sinais estão por toda parte e os fatos não negam: a campanha de 2022 já começou e está aceleradíssima.
Essa premissa não vale apenas para a disputa presidencial. Há outras movimentações estratégicas que já estão em curso e que podem ser decisivas para o nosso futuro. A candidatura de Marcelo Freixo no Rio de Janeiro, estado que abriga o coração das milícias, e as negociações em São Paulo, que certamente vão ditar o caminho das alianças nacionais, são dois grandes exemplos disso.
Para que lado vai o poderosíssimo bonde de Gilberto Kassab? Quem terá o apoio de Lula? Quais serão os palanques de Jair Bolsonaro? E a pergunta de ouro: os tribunais conseguirão se mexer contra a ofensiva digital que será ainda mais forte do que em 2018?
O Intercept, você sabe, se interessa por todos esses assuntos, mas não só. Não fazemos uma cobertura do cotidiano das eleições. Não queremos repetir análises cheias de achismos ou aspas de autoridades. Não é isso que você encontra nas nossas reportagens.
Nós gostamos de duas coisas: investigação e impacto. É por isso que nossa cobertura precisa começar cedo. E se as peças desse tabuleiro já estão se movendo, nós não queremos ficar parados.
Tem muita, mas muita coisa do jogo que está sendo jogado nesse momento para ser investigada, documentada, fuçada. Não dá para aceitarmos que uma possível candidatura de Sergio Moro seja motivo de delírios e rosas como faz a grande imprensa. Como não dá para cairmos nessa conversa furada que reduz o fim do Bolsa Família e a PEC dos Precatórios ao debate “fura teto”. Quem está ganhando com isso? O que Arthur Lira vê lá na frente?
Aliás, me conta, quantas matérias investigativas você já viu na imprensa sobre o atual presidente da Câmara dos Deputados?
É de olho nesses assuntos, mas do nosso jeito, que o Intercept tem planejado suas novas pautas. Escrevo este e-mail porque precisamos de ajuda para tocar algumas delas. O orçamento do ano está no limite e para fazer coisas novas precisamos dar um gás na nossa vaquinha mensal.
Queremos expor as negociatas, os interesses e os acordos sujos que estão por trás de toda essa movimentação que acontece hoje com foco em 2022. Temos os caminhos para isso e algumas ideias para, digamos, sacudir a República, daquele jeito que só o Intercept sabe fazer.
Não posso adiantar nada nesta mensagem, você sabe. Mas peço, por favor, o seguinte: se você confia no nosso trabalho, clica aqui para ajudar.
Nossa meta é conseguir 250 novos doadores até a próxima semana.