O Governo de Goiás, por meio das Secretarias de Estado da Saúde (SES) e de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), desenvolveu um serviço de atendimento, via telefone ou chat online, para pessoas que apresentam sintomas da Covid-19, a doença provocada pelo vírus Sars-Cov-2. Trata-se da Central de Orientações (CORI), que atenderá a população por meio do número 3201-9300 ou pelo chatbot Vitória, que utiliza inteligência artificial e está disponível no hotsite:
Os atendimentos serão prestados por uma equipe composta por profissionais de saúde, devidamente capacitados, de diferentes setores da SES-GO, das 7h às 19h, todos os dias da semana. O objetivo da Central por telefone ou pelo chatbot Vitória é evitar que as pessoas se desloquem sem a devida necessidade até as unidades de saúde, possibilitando, portanto, que a população tire suas dúvidas sem sair de casa, por meio da CORI.
De acordo com a avaliação individual de cada caso, os profissionais da Central irão orientar se o cidadão deve ficar em casa, para monitoramento ou consulta via telemedicina, ou se deve procurar a unidade de saúde mais próxima do seu local de residência para atendimento presencial.
A equipe da CORI é composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros. O gerente da CORI, Fabrício Pereira Montes, informa que, ao estruturar o serviço, o Governo de Goiás estabeleceu três níveis de assistência para a população e um atendimento de saúde mental direcionado para trabalhadores da saúde que atendem casos de Covid-19.
Como ser atendido?
Há duas formas de ser atendido, por meio do telefone 3201-9300 ou pelo chat Vitória, disponível no hotsite do coronavírus do Governo de Goiás. Pelo telefone, a pessoa entrará em contato com a CORI e será acolhida pelos profissionais do nível 1, que farão uma escuta qualificada para orientar em caso de dúvidas.
Se o cidadão apresentar sintomas da Covid-19, ele será cadastrado e encaminhando imediatamente para o nível 2, que é a consulta de enfermagem. De acordo com a especificidade de cada caso, será aplicado um protocolo de atendimento. Caso seja necessário, o paciente será encaminhado para o nível 3, em que um profissional médico realizará uma teleorientação por meio da telemedicina. A consulta poderá ser realizada via telefone, chat ou videoconferência.
Quem optar em ser atendido pelo chat Vitória deverá acessar a página www.saude.go.gov.br/ coronavirus e, no canto inferior direito da tela, buscar pelo ícone do chatbot. Um atendente virtual fará uma teletriagem utilizando inteligência artificial e, caso seja identificada a presença de sintomas da Covid-19, a pessoa será direcionada para um atendente de nível 1. Nessa etapa, será feita a escuta qualificada com orientações do cidadão em caso de dúvidas. Se necessário, a pessoa será encaminhada para os demais níveis de atendimentos para consulta de enfermagem ou médica, que também serão realizados online, via chat.
Segundo a superintendente de Sistemas e Inovação da Sedi, Luiselena Luna Esmeraldo, o chatbot (junção das palavras chat e robot, que significam, respectivamente, bate-papo e robô, em inglês) foi desenvolvida junto com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG). Para o desenvolvimento da plataforma, a equipe da subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI) utilizou uma ferramenta de chat brasileira e gratuita, que foi instalada, configurada e customizada no Data Center do Estado. Além disso, a STI também atuou no treinamento da equipe da Secretaria da Saúde que vai operar a plataforma.
Saúde mental
A CORI também desenvolverá atividades de apoio emocional específicas aos profissionais de saúde que sofrem as consequências por atuarem diretamente na prevenção, atendimento à população e assistência aos casos da Covid-19. Para este público, o atendimento será realizado todos os dias da semana, das 7h às 19h, pelo telefone 3201-9300. O atendimento de saúde mental para profissionais de saúde não estará disponível pelo chat Vitória.
A gerente de Integração das Políticas da Superintendência de Saúde Mental da SES-GO, Joice Batista, explica que a implementação dessa prestação de apoio emocional está prevista nos protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Comitê Permanente Interagências para a Saúde Mental e Apoio em Situações de Emergência Humanitária (IAS).
Joice Batista destaca que os profissionais de saúde que atuam em ações emergenciais, não raro, apresentam problemas de natureza emocional, entre os quais síndrome do pânico, depressão, ansiedade e transtorno pós-trauma. A equipe da CORI, conforme diz, objetiva dar o apoio emocional a esses servidores. “Não se trata de um atendimento psicológico, mas de um acolhimento, uma atenção especializada e uma escuta qualificada”, explica a gerente.