Saúde

Zinco: Um nutriente chave para nossa saúde

A deficiência de zinco em plantas leva a implicações na qualidade nutricional dos alimentos. Em diversas regiões do mundo o nutriente é considerado como um dos fatores mais limitantes para a produção agrícola. Os solos brasileiros apresentam generalizada deficiência, principalmente sob o cerrado e em solos mais arenosos. Consequentemente, essa condição influencia também na nutrição humana. Atualmente, cerca de 30% da população mundial é afetada pela falta desse nutriente no organismo.

O zinco é um micronutriente presente em pequenas proporções em nosso corpo, representando de 2 a 4 gramas, das quais 60% está presente nos músculos e 20% nos ossos. Além disso, ele tem um papel essencial no estímulo da nossa imunidade, na proteção contra o envelhecimento celular e na manutenção da qualidade da pele, unhas e cabelos. Como qualquer nutriente, nosso organismo não pode fabricá-lo, por isso será fornecido pelos alimentos. Desta forma, uma alimentação saudável e variada permite compensar sua necessidade diária.

De fato, uma dieta equilibrada e variada normalmente fornece uma quantidade suficiente de zinco ao nosso corpo. Entretanto, o alimento só terá quantidades suficientes do nutriente quando ele estiver presente em quantidade e formas assimiláveis nas plantas. Nesse sentido, como os solos brasileiros apresentam deficiência desse nutriente, o caminho mais adequado é fornecer pela aplicação de fertilizantes, seja pela adubação via solo e/ou via foliar. Solos fertilizados com zinco tendem a produzir plantas com maior teor do nutriente em suas porções comestíveis. Dessa forma, a fertilização pode ser uma importante estratégia para a prevenção das deficiências na população.

Como o zinco é fornecido pela alimentação, indivíduos desnutridos, anoréxicos ou pacientes que sofrem de síndromes de má absorção (doença celíaca, por exemplo) também podem apresentar níveis insuficientes desse nutriente. Os efeitos de uma deficiência no corpo são variáveis: enfraquecimento do sistema imunológico, atrasos no crescimento em crianças, aumento do risco de complicações em mulheres grávidas, queda de cabelo e unhas quebradiças, problemas de pele como acne, retardo na cicatrização ou psoríase, fadiga, distúrbios do paladar e do olfato, bem como distúrbios sexuais, em particular, uma diminuição da fertilidade nos homens.

As necessidades diárias dependem de fatores que podem interferir na absorção de zinco. As ingestões Dietéticas Recomendadas (ANC) estão em: 12 mg/dia para homem adulto; 10 mg/dia para mulher adulta;  e entre 15 e 23 mg/dia para gestantes, lactantes e idosos.

O zinco ainda está concentrado em proporção significativa na pele, pois participa da produção de colágeno, uma proteína abundante na estrutura da pele, que mantém sua rigidez e elasticidade, bem como colabora para o processo de cicatrização de feridas. A ingestão do micronutriente também ajuda no tratamento da acne moderada, devido às suas propriedades anti-inflamatórias a nível cutâneo e a sua ação reguladora sobre as glândulas sebáceas. Além disso, também pode ser eficaz no tratamento de pacientes com psoríase.

Entretanto, as condições de excesso de zinco não têm efeito tóxico importante conhecido, mas pode ser acompanhada por uma deficiência de cobre. É por isso que o consumo da substância, a longo prazo, deve ser acompanhado pela ingestão de cobre. Em alguns casos de uso excessivo de zinco, os sintomas como dificuldade para falar, andar, tremores e distúrbios digestivos (náuseas e vômitos) podem estar presentes. Um outro ponto importante a se destacar, é que essa sobrecarga no organismo reduz o nível de colesterol bom (HDL) no sangue.

Portanto, nosso corpo assimila menos da metade do zinco contido em nossa dieta, no entanto, muitos alimentos possuem esse nutriente, mas é a ostra que apresenta em abundância. As principais fontes animais em que é encontrado de zinco são: fígado, queijo, carne, ovos, peixe e leite de vaca. E as principais fontes vegetais de zinco são: grãos integrais, leguminosas, oleaginosas, vegetais frescos e batatas. Nesse contexto, é importante tomar cuidado com os alimentos com alto teor de ácido fítico (alimentos integrais ou leguminosas) que podem formar complexos com o zinco, que reduzirão sua absorção e, portanto, sua eficácia.

De uma maneira geral, o zinco tem um papel importante em nosso organismo, mas é sempre recomendado consultar um médico ou nutricionista antes de tomar qualquer tipo de suplemento.

Trecho da Web em destaque

Alimentos ricos em zinco: saiba quais são eles
  • Amendoim.
  • Amêndoa.
  • Camarão.
  • Carne vermelha.
  • Castanhas.
  • Chocolate amargo.
  • Feijão.
  • Grão-de-bico.

Waldemar

Waldemar Rego é jornalista formado pela Faculdade Araguaia com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Goiás UFG com extensão na área de mídia e política no cinema, fotografia jornalística e publicitária, diversidade cultural da mulher na comunicação, comunicação em tempos de mídias sociais, identidade visual em peças publicitárias e no jornalismo. Waldemar Rego também é artista plástico escritor e poeta.

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