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Os assassinos de Jair Bolsonaro

Convalidar para matar - essa parece ser a nova ordem

Apelidados de bolsobostas, os kamikazes saíram da fase de ódio decantado por anos a fio – desde o fim da ditadura militar  e começaram a destilar esse ódio infinito contra a esquerda, que agora mais recrudescidos pelo discurso apologético e fascista de seu mito e seu presidente messiânico, Jair Bolsonaro (PL) – começaram a matar.

O caso em tela ocorrido em Foz do Iguaçu (PR) onde um petista foi assassinado por um bolsonarista é o pináculo de uma construção alicerçada sobre os dogmas de uma parcela da sociedade que se acha ser a salvação moral da pátria corrompida pelo PT; da sociedade permissiva que tolera o “LGBTismo” e tudo que possa ferir sua ideologia supremacista e eugênica.

Esse ódio ao vermelho pecaminoso gerou um centro gravitacional na pessoa do presidente, que, sem discurso, sem projeto de governo e nada a oferecer senão do próprio veneno, insufla essa parte da sociedade para o caminho do belicismo, pois sabe que sua única força de expressão política é instilar o ódio para esse animal social que estava hibernado, mas que sempre existiu sob o tapete de nossa bandeira – tanto que esse urso que acordou famélico, agora se empana nessa bandeira e seqüestra o maior símbolo da nação para legitimar suas ações.

Como se a nação fosse deles, até a camisa da seleção virou objeto identitário dos novos fascistas.

Bolsonaro deu a essa categoria social, primeiro a arma verborrágica das fake news e agora o poder de matar sem culpa. O nome disso é nazifascismo.

De 1928 a 1938 o nazismo floresceu no Brasil regado pelo olhar permissionário de Getulio Vargas, de forma que esse dilema sociológico no Brasil não é mérito de Bolsonaro, ele apenas conseguiu capitalizar essa massa órfã que sempre esteve embutida no armário da política brasileira.

A população brasileira sempre foi polarizada entre casas com eira e casas sem beira; ricos contra pobres; brancos contra negros. Desde o longínquo Portugal fomos apartados um dos outros e construímos uma mentira chamada história oficial, cujo estipêndio mais mentiroso é a do brasileiro cordial. Só nos faltava um Hitler que nos guiasse ao homicídio. Já não nos falta mais.

-Como disse o assassino: Aqui não, aqui é Bolsonaro!

E meteu bala. Será assim daqui pra frente?

Aqueles que matam em nome de Deus ou da política, sempre mataram em nome da justiça.

         Milton Ribeiro – o lobo em pele de cordeiro

É assim que pensam os psicopatas sociais que antigamente eram transvertidos de padres.

Agora, pastores que assumiram esse vácuo deixado pela igreja católica desde a idade média, assumiram o posto como uma verdadeira besta apocalíptica criando dentre todas as aberrações, a tal bancada evangélica. Instrumento cirúrgico para manipulação do Legislativo, do Executivo e agora do Judiciário na pessoa de seu ministro terrivelmente evangélico.

Essas seitas evangélicas, que são na verdade currais eleitorais, abusam da ignorância de seus membros ou da negligencia destes à informação política. São criaturas de Deus guiadas pelos lobos do interesse, acima de tudo, econômicos. Para ficar apenas em um exemplo, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) tornou-se uma indústria financeira e política que, ao contrário de Midas, apodrece tudo que toca com seu dedo.

Essa máquina de fazer deputados, chamada igreja evangélica vem se tornando um câncer no congresso – coisa profetizada por Leonel Brizola: Se os evangélicos entrarem na política o Brasil vai para o fundo poço.

Toda essa crosta hedionda perfilada marcha em nome do falso messias brasileiro; o lobo solitário a tanger as ovelhas cegas e os lobos famintos de suas carnes; um rebanho estranho e amorfo que têm em comum apenas o ódio de tudo que é vermelho. Todos guiados para o aprisco desse genocida.

Resta de tudo que a eleição de Jair Messias Bolsonaro serviu para mostrar quem está ao nosso lado, quem de fato é nosso vizinho e acima de tudo para nos mostrar quem é o nosso  inimigo oculto, aquele que entra em nossa festa de aniversário e nos dá um tiro porque se acha melhor que nós.

Waldemar Rego – Jornalista

 

 

Waldemar

Waldemar Rego é jornalista formado pela Faculdade Araguaia com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Goiás UFG com extensão na área de mídia e política no cinema, fotografia jornalística e publicitária, diversidade cultural da mulher na comunicação, comunicação em tempos de mídias sociais, identidade visual em peças publicitárias e no jornalismo. Waldemar Rego também é artista plástico escritor e poeta.

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