Cidades

Empresários goianos da área de alimentação discutem futuro pós pandemia

Sócio e diretor institucional da XP Investimentos, Rafael Furlanetti, também fez panorama

A crise que assola o mundo decorrente da pandemia de Covid-19 mexeu com todos os mercados. Mas a maioria das empresas do segmento de alimentação está com um quadro menos negativo do que se comparado com de outros ramos de atuação.

O sócio e diretor institucional da XP Investimentos, Rafael Furlanetti, fez um panorama geral das transformações em andamento no ambiente empresarial brasileiro em uma transmissão realizada pelo LIDE Goiás. Para ele, os reflexos negativos das bolsas de valores  foram mais rápidos que em outros momentos da história, que foi agravado pela queda acentuada nos preços do petróleo. “Essa soma de fatores  gerou um medo acentuado em investimentos de risco. A reação do mercado só não foi pior porque todos os países estão investindo alto volume de recursos para tentar atenuar os efeitos da pandemia. Esse esforço mundial permite mais confiança aos mercados para acreditar que haverá recuperação”, explica.

Furlanetti pontua que o mercado está super capitalizado, já que os Fundos estão com muito dinheiro em caixa para empregar e, certamente, esse investimento não será em setores que representem alto risco. Um fator positivo no Brasil é que os bancos estão todos sólidos e não há risco de quebra de nenhum deles. “As empresas que estão na Bolsa de Valores no Brasil, em sua maioria, são consolidadas, o que permite em um futuro um panorama positivo. Com o juro muito baixo, passada a crise, haverá uma transformação no mercado, mas é importante que o Brasil continue fazendo as reformas, em especial na área de infraestrutura,  para que o Brasil desenvolva um ambiente seguro para os investidores internacionais, que virão após a crise”, ressalta.

Alimentação

Segundo, Alberto Borges, do Grupo Caramuru, a empresa paranaense  que atua na industrialização de soja, milho  em vários estados brasileiros, a repercussão dessa crise tem sido diferente de acordo com cada setor econômico e, por isso, as saídas de cada área serão diferentes.  “As políticas públicas precisam ser direcionadas considerando as dificuldades de cada segmento produtivo. Não existe uma receita que seja válida para todos. Uma coisa é certa, a maioria dos setores precisa de ajuda”, afirma.  Ele pontua que no caso da Caramuru, as operações estão dentro da normalidade e atualmente a maior preocupação é preservar a saúde dos trabalhadores.

O representante da São Salvador Alimentos, detentora das marcas Super Frango e BOUA, José Garrote, revela que o segmento de vendas de aves para alimentação foi afetado, já que houve redução na comercialização com restaurantes. Felizmente, a alimentação em casa da população tem mantido parte das vendas. “Muitos parceiros estão sendo  afetados pela crise e, por isso, a Super Frango vem fazendo um esforço pra ajudar esses clientes”, explica.

Mas Garrote é positivo. “Como o frango é uma carne mais barata, há potencial de recuperação rápida. Preço competitivo ajuda a melhorar o posicionado nesse cenário de crise grave”, enfatiza.

Waldemar

Waldemar Rego é jornalista formado pela Faculdade Araguaia com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Goiás UFG com extensão na área de mídia e política no cinema, fotografia jornalística e publicitária, diversidade cultural da mulher na comunicação, comunicação em tempos de mídias sociais, identidade visual em peças publicitárias e no jornalismo. Waldemar Rego também é artista plástico escritor e poeta.

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