Cultura

O fim do jornal impresso está próximo?

Apesar de muitos pensarem que o fim dos jornais impressos está cada vez mais próximo, o jornalista Carlos Monforte afirma em seu novo livro que essa “extinção” deve demorar. Para ele, o surgimento de novas maneiras de contar histórias não fará outras desaparecerem.

Em “O papel do jornalismo sem papel”, o autor vai além das discussões sobre formatos. Ética jornalística, credibilidade e combate às fake news são alguns dos temas abordados na obra, lançada pela Matrix Editora.

Monforte trabalhou nas redações de jornais como A Tribuna e O Estado de S. Paulo, na década de 1970. Saiu dos impressos para se tornar um dos primeiros âncoras da TV brasileira e acompanhou de perto as mudanças nas formas de fazer jornalismo.

Convide o autor para uma entrevista, ele fala muito bem sobre como jornais impressos podem manter a relevância na era da internet. Monforte também está preparado para contribuir com sugestões sobre como recuperar a credibilidade jornalística enfraquecida pelas redes sociais. Contato para entrevistas – (47) 9 9903-8771.

Abraços,
Dielin

Carlos Monforte discute os efeitos da digitalização do jornalismo em novo livro

Ética jornalística em tempos de redes sociais é tema central da obra de uma das grandes figuras do jornalismo brasileiro

Um dos primeiros âncoras do telejornalismo brasileiro, Carlos Monforte começou a carreira na década de 1970, quando atuou em jornais como A Tribuna e O Estado de S. Paulo. Ele viu o surgimento e a expansão das mídias digitais, que agora colocam em cheque o exercício da profissão.

Em O Papel do Jornalismo Sem Papel, lançado pela Matrix Editora, Monforte levanta o debate sobre o impacto da internet nas redações. Afinal, somente em 2021, o declínio no número de jornais impressos foi de 13,6%, confirmando a tendência de queda registrada há anos nas tiragens dos principais periódicos brasileiros.

Monforte viveu um período marcante das redações de jornais impressos brasileiros. No livro, ele descreve com riqueza de detalhes e toques de nostalgia a agitação dos repórteres na busca incessante por informações, o cheiro de tinta que saía direto das máquinas de escrever e os sons de passos apressados, telefonemas e conversas que tomavam conta do ambiente.

O principal debate levantado na obra é a relação entre a internet e a veracidade das informações que circulam a todo momento. As inovações digitais garantiram que as notícias rápidas ganhassem mais a atenção do público, mas também passassem a ser questionadas. Para o autor, a busca pela credibilidade é o único caminho para combater fake news e distorção de fatos.

Haverá cada vez mais a interação dos indivíduos interferindo
nessas formas de comunicação, no tráfego dessas informações.
Cada um tem sua visão de mundo, não necessariamente a visão com
a qual todos concordam, e é preciso saber escolher em quem acreditar.
(O papel do jornalismo sem papel, pg. 192)

Apesar de concordar que os veículos impressos fatalmente deixarão de circular, Monforte acredita que o jornalismo seguirá essencial para a defesa da democracia. Neste sentido, o autor defende o potencial de renovação do profissional para se manter como personagem essencial no debate e disseminação dos temas de interesse público.

Ficha técnica

Livro: O Papel do Jornalismo Sem Papel
Autor:
 Carlos Monforte
Editora:
 Matrix Editora
ISBN:
 978-65-5616-197-6
Páginas:
 208
Formato:
 16 x 23 cm
Preço:
 R$ 47,00
Onde encontrar: 
Matrix Editora

Sinopse

Como será o papel do Jornalismo sem papel, aberto, virtual, sem lenço nem documento? O mar de informações em que ele navega já é imenso. Muito diferente das tripas de telex que desaguavam nas redações do século XX. Essa comunicação compartilhada que a internet proporciona é a grande questão que se coloca entre todos os comunicadores. As sociedades, levadas pela comunicação mais rápida e globalizada, nunca estiveram tão conectadas, unidas pela informação – daí os protestos, as vozes que finalmente se fazem ouvir, as indignações reprimidas que se soltam. O perigo: a guerra de versões, de opiniões, de mentiras. Vence quem tiver credibilidade, perde quem tiver rabo preso e perna curta.

Sobre o autor

Carlos Monforte é jornalista, trabalhou em jornais como A Tribuna, O Estado de S. Paulo e O Globo. Foi um dos primeiros âncoras da televisão brasileira e participou da história de diversos programas jornalísticos, entre eles, Jornal Nacional, Bom Dia Brasil, Fantástico e Jornal da Globo.

histórico
Carlos Américo Aguiar Monforte nasceu em 3 de julho de 1949, em Santos (SP). Formou-se em Jornalismo pela Universidade Católica de Santos (UniSantos/SP), em 1972. Fez dois cursos de aperfeiçoamento no exterior: um na Universidade de Navarra, na Espanha, em 1973, e outro na Fundação Beauve Marie, na França, entre 1975 e 1976.
Sua carreira começou antes mesmo de concluir a faculdade, no jornal A Tribuna (SP), onde foi repórter nas sucursais de São Vicente (SP) e Cubatão (SP). Foi compondo uma equipe de A Tribuna que venceu o Prêmio Esso de Imprensa Regional 1972, com a matéria A invasão do continente. Mudou-se para São Paulo (SP), onde por um breve período foi assessor de Comunicação da Secretaria de Obras do Estado de São Paulo. Em 1973, foi para O Estado de S.Paulo (SP), onde atuou como repórter especial. Ficou no jornal até 1978, quando foi para a TV Globo (SP), atendendo a convite dos jornalistas Luiz Fernando MercadanteDante Matiussi e Oswaldo Martins Filho.
Na Rede Globo começou como repórter local, fazendo matérias para o Jornalismo Eletrônico e, depois, para o Jornal Nacional e o Fantástico. Foi um dos primeiros repórteres da emissora a utilizar as Unidades Móveis, uma novidade na época. Em 1982, assumiu a editoria de Política do Jornal da Globo, além de editar e apresentar o Bom Dia São Paulo. Em 1983 foi para Brasília (DF), onde inaugurou o Bom Dia Brasil, primeiro telejornal da manhã a nível nacional, do qual esteve à frente por nove anos.
Em 1989, participou do programa Palanque Eletrônico, que reuniu os então candidatos à Presidência da República. Em 1992, deixou a TV Globo para montar o Departamento de Comunicação da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), onde permaneceu por dois anos.
Retornou à Globo em 1994, como repórter especial do Jornal da Globo em Brasília, ficando no cargo até 1996. Começou a trabalhar na equipe brasiliense do programa Espaço Aberto, da GloboNews (RJ), em 1998. No fim de 2000, assumiu o cargo de coordenador e apresentador da GloboNews no Distrito Federal, onde apresentou o Jornal das Dez, principal noticiário do canal. Em outubro de 2011 passou a ser comentarista de Politica Externa da emissora.

Sobre a editora

 Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país com mais de 800 títulos publicados e dez novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br.

 

Waldemar

Waldemar Rego é jornalista formado pela Faculdade Araguaia com diploma reconhecido pela Universidade Federal de Goiás UFG com extensão na área de mídia e política no cinema, fotografia jornalística e publicitária, diversidade cultural da mulher na comunicação, comunicação em tempos de mídias sociais, identidade visual em peças publicitárias e no jornalismo. Waldemar Rego também é artista plástico escritor e poeta.

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