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Primeiro cruzeiro: o que avaliar antes de embarcar nesta aventura

Nova temporada de cruzeiros começa em novembro; autor de Memórias do Deck apresenta recomendações para quem fará a primeira viagem marítima

A publicitária Ana Sangiacomo decidiu organizar uma viagem de navio com o pai, de 80 anos, para as férias de janeiro de 2026. A ideia surgiu no ano passado, quando planejava viajar com uma amiga e seus respectivos pais, mas os compromissos de agenda impediram o grupo de embarcar junto. A amiga, porém, viajou com o pai, de 93 anos, e descreveu a experiência como marcante, o que motivou Ana a retomar o plano.

Enquanto pesquisa opções e prepara questionamentos para o agente de viagens, Ana representa as dúvidas comuns de quem embarca pela primeira vez. Para orientar esse público, o consultor Francisco Ancona Lopez, especialista em cruzeiros e autor de Memórias do Deck – histórias e bastidores dos cruzeiros marítimos no Brasil, elenca pontos essenciais para evitar erros na escolha do roteiro e no planejamento da viagem. Com mais de 300 embarques e 1.200 dias no mar, o autor acompanha a abertura da nova temporada de cruzeiros prevista para novembro.

1. Em viagens iniciais, recomenda-se optar por trechos curtos, permitindo adaptação ao ambiente. Enjoos e sensação de confinamento podem ocorrer e merecem atenção.
2. O tamanho e a decoração do navio não devem ser os únicos critérios de escolha. A descoberta gradual dos espaços faz parte da experiência.
3. A mala deve ter porte médio, com roupas leves e confortáveis, considerando o espaço reduzido das cabines.
4. Secadores de cabelo estão disponíveis nas cabines, mas pranchas e ferros não devem ser levados por motivo de segurança.
5. Embarque e desembarque seguem procedimentos semelhantes aos de outros meios de transporte coletivo. A espera faz parte do processo, cuja prioridade é a segurança.
6. As refeições ocorrem em salões amplos, com serviço self service e opções à la carte.
7. Pacotes de bebidas podem ser contratados antecipadamente, mas o passageiro pode consumir itens avulsos nos bares do navio.
8. É importante verificar a moeda usada a bordo, já que empresas internacionais aplicam políticas próprias mesmo em viagens pela costa brasileira.
9. O cartão de crédito internacional é registrado no embarque para despesas extras; valores em dinheiro podem ser convertidos em cartão pré-pago.
10. A conexão de internet funciona por satélite e costuma ter custo elevado. Pacotes são disponibilizados, mas quem não precisa pode aproveitar o afastamento das telas.

A bordo, atividades de lazer, piscinas, espetáculos e a observação do mar compõem a rotina dos passageiros. “Observar o céu, o sol, a lua e o mar a partir do deck mantém o encanto mesmo após centenas de viagens”, afirma Ancona Lopez.

Sobre Francisco Ancona Lopez

Publicitário e consultor de marketing, atuou no setor de turismo e cruzeiros por quatro décadas. Somou mais de 300 embarques em 25 navios, acumulando 1.300 dias de navegação por diferentes regiões do mundo, como costa brasileira, Bacia do Prata, Caribe, Mediterrâneo, Ilhas Gregas e Emirados Árabes. Participou da criação de roteiros, campanhas de comunicação e do desenvolvimento de cruzeiros temáticos no país, além de acompanhar transformações e desafios do setor.

Sobre o livro

Memórias do Deck – Histórias e bastidores dos cruzeiros marítimos no Brasil apresenta um panorama da navegação de passageiros no país, com histórico das companhias, navios e personagens que marcaram a evolução do setor. A obra reúne 480 páginas e mais de 900 imagens. Mais informações em memoriasdodeck.com.br.

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